Utopias e Distopias, por Ricardo Lopes
Todo um vídeo baseado nas diarreias mentais de artistas.
Mas o que é que os artistas sabem de ciência, de tecnologia? Mais, o que é que os artistas querem saber sequer de ciências sociais? Nada!
Ainda se mantém a moda, que se começou a gerar nos finais do século XVIII, de acusar a religião e o clero como sendo responsáveis pelo obscurantismo intelectual, pela ignorância das massas, pelas promessas vãs de futuros ideais intangíveis e de resignação ao estado da arte da organização social.
Ora bem, então alguém que me explicar qual é a diferença entre isto e pessoas que não pretendem ter contacto com o mundo real, a quem não interessa validar empiricamente o que lhes vem à cabeça e aceitam como verdade apenas porque soa bem, e que desde que há palavra escrita passaram milénios a registar e a acrescentar à cultura humana conceitos abstratos que não correspondem a nada de real, mas a meros ideiais aos quais consideram que a sociedade se deve conformar, sob pena de ser uma merda caso não o faça? Não há diferença!
Quem inventou "utopias" foram os artistas e os filósofos! Quem inventou as "distopias", como reação ao facto de perceberem que quando na tentativa de projeção destes conceitos na realidade esta não se adapta a eles, foram os artistas e os filósofos!
Os artistas, os filósofos e os religiosos, com as suas taras ideológicas, condenam, desde há dezenas de milénios, a sociedade, por via cultural, a um sofrimento e a distúrbios mentais muito para além daquilo por que poderiam passar, independentemente da qualidade das condições materiais.
Os artistas e os filósofos são uma expressão cultural parasitária. Parasitam a mente das pessoas de conceitos que não correspondem a nada de real, e que as condicionam profundamente, alienando-as.
Ricardo Lopes