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USA TERROR – Panamá 1989, por Luís Garcia

29.04.13 | Luís Garcia
 

 

USA TERROR 03 - Panama 1989

 

Luís Garcia  POLITICA  US TERROR

 

Em 1977 o Omar Torrijos Herrera, presidente democraticamente eleito do Panamá, nacionalizou e bem o Canal do Panamá, expulsando também os militares norte-americanos da Escola das Américas situado perto do canal. Para quem não sabe a Escola das Américas é a instituição terrorista norte-americana onde se formam cavalos de Tróia como os Contras tão frequentemente usados pelos EUA no seu quintal.  Em julho de 1981 falece Omar Torrijos num explosão de um avião, acto terrorista perpetrado pelos chacais da CIA.

 

Desde então a Escola das Américas encontra-se no Fort Benning, Georgia, EUA, onde se continuam a formar Contras (terroristas) peões das ambições geoestratégicas dos EUA. Nessa mesmíssima escola formou-se Manuel Noriega, um militar panamiano  que chegou ao poder no Panamá com a ajuda do golpe de estado executado pelos EUA após o assassínio de Omar Torrijos. Espalhou, como é sabido, o terror sobre a população do país e privatizou tudo o que Omar Torrijos havia nacionalizado, entregando de novo as riquezas do Panamá nas mãos de meia dúzia de capitalistas norte-americanos. Apenas pecou por adiar vezes sem conta a reprivatização do canal do Panamá de volta às mãos norte-americanas, e pagou por isso.

 

A de 20 de dezembro de 1989 os EUA invade o pequeno e indefeso estado do Panamá, capturando o General e ditador panamiano Manuel Noriega lá colocado pelos mesmos norte-americanos e levando-o para os EUA onde o acusam e condenam   por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e corrupção. Muito conveniente a solução para esta espécie de Bin Laden latino.

 

O que os media americanos e europeus se esqueceram de relatar foi que naqueles poucos dias de invasão bárbara as forças armadas dos EUA bombardearam vários bairros da capital, deixando-os completamente destruídos e matando pelo menos 5000 civis indefesos. Horror e terrorismo que a ONU, UE e outros organismos internacionais manietados pelos EUA convenientemente ignoraram. Quem percebeu bem a lição foi o povo do Panamá: os EUA, além de assassinar um presidente democraticamente eleito e de raptar o ditador por eles imposto, matam e matarão sem piedade todos os  civis panamianos que forem precisos matar até que o Canal do Panamá voltar a ser propriedade de capitalistas gringos. As mortes, do ponto de vista militar foram absurdas, foi um massacre escusado. Na perspectiva de jogo psicológico fez todo o sentido.

 

O mundo continuou a assobiar para o ar. Meses depois, Saddam Hussein mandou as suas tropas invadir o Kuwait (território iraquiano roubado pelos ingleses em 1961 por ser rico em petróleo); os aliados do bem vieram combater as forças do mal; o mundo olhando atónito a TV afogou-se em lágrimas...

 

Aconselho a ler o livro Confessions of an Economic Hit Man de John Perkins para quem quiser saber mais sobre este e muitos ouros assuntos. E ver documentários sobre o tema disponíveis no Youtube. Aqui fica um:

 

 

Artigo dedicado ao génio da política internacional, o meu caro amigo Nuno Anacleto.

Luís Garcia, Ribamar, Portugal, 29.04.2013

 

 

 
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