Trump, o candidato da oposição, por Ricardo Lopes
Mas por que será que me parece cada vez mais que o Trump foi a cartada da trupe política elitista dos EUA (na qual se incluem os Clinton) para garantir a vitória da Hillary Clinton, ao causar a eleição do Trump como candidato da oposição, sendo o papel dele no esquema todo o de servir de palhaço de serviço e ser o alvo mediático de serviço de toda a gente (conservadores e liberais, de direita e de esquerda), para uns por uma questão de atentado aos bons costumes e ao pudor e para os outros por uma questão de princípios, tolerância e atentado aos direitos humanos?
Que maneira mais fácil de garantir a vitória de Clinton, para perpetuar sem percalços a política interna, mas principalmente a externa, que tem vindo a ser praticada pelos EUA pelo menos desde a guerra da Coreia, mas cujos primórdios ou tubos de ensaio podem ser rastreados historicamente ainda a um período mais antigo, do que sabotar a concorrência elegendo um dos reis da televisão e do mediatismo americanos para assumir o personagem exagerado de defeitos em relação a tudo o que diz respeito a discriminação, racismo, xenofobia, machismo, chauvinismo e ao respeito mais básico pela dignidade humana?
Não esquecer que o Trump até já traz experiência de personagens que encarnou na televisão.
Eu, por exemplo, lembro-me de ter 16 anos e de o ver na WWE (World Wrestling Entertainment) - a principal empresa de entretenimento de wrestling do mundo - a juntar-se ao seu suposto rival (o dono da empresa, o senhor Vince Mcmahon) - e a serem os personagens principais de uma "storyline" que desembocou no maior evento do ano da empresa (a Wrestlemania).
Agora, só por curiosidade, vejam um dos vídeos promocionais da "feud", e provavelmente, quem não fazia ideia, tenha a oportunidade de se admirar com as semelhanças entre o personagem "Donald Trump", opositor empresarial e capitalista no jogo de competição selvagem ao personagem "Vince McMahon", e o personagem "Donald J. Trump", candidato republicano à presidência dos EUA, na sua contenda política com a personagem feminista "Hillary Clinton":
Ricardo Lopes