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Extermínio nuclear, sim por favor! - parte 2, por Luís Garcia

23.06.17 | Luís Garcia
 

 

Extermínio nuclear, sim por favor! - parte 2

 

Luís Garcia  POLITICA    

 

Hoje disse a um amigo sírio que os mais recentes desenvolvimentos na Síria relacionados com a traição curda e com a força aérea dos EUA protegendo o ISIS ao bombardear forças sírias que combatem o ISIS a caminho de Raqqa empurram a Rússia e o mundo inteiro para um impasse de terrível resolução. Ou aceita-se a vontade gringa de roubar um terço do território da Síria onde criará o NATO-Curdistão que tanto deseja, ou teremos um conflito aglobal. Perguntei-lhe que cenário preferiria. Meio a sério, meio a brincar, e com o desespero de um sírio que assiste durante 6 anos ao barbarismo gringo que passa em completa impunidade, respondeu-me: "prefiro a segunda opção"...

 

Mais sobre o regresso definitivo ao Plano B

Antes de continuar com este tópico, é imprescindível partilhar aqui alguns mapas que melhor ilustrarão a revolta de quem assiste impotente à descarada, ilegal e criminosa sabotagem norte-americona da reconquista síria contra o ISIS. E apelo ao seu sentido de empatia, ponha-se no lugar das gentes sírias que, depois de 6 anos de guerra que provocou a destruição massiva do país, a morte de meio milhão de pessoas e a fuga de quase metade da população, já para não falar do criminoso embargo europeu a comida e medicamentos à Síria, ponha-se no lugar deles, dizia eu, e imagine o infinito sentimento de frustração, impotência e injustiça perante a sabotagem norte-americona aos avanços sírios que agora estão completamente por cima e que conseguem avançar uma média de 10km contra o ISIS em várias direcções! Imagine ser-se sírio assistindo à sabotagem norte-americona desses avanços na forma de bombardeamentos ilegais com caças de guerra contra as forças sírias que combatem o ISIS! Imagine a frustração de ver os EUA sabotarem a chegada síria a Raqqa! Mas vamos lá aos mapas. Escolhi a data 8 de Maio para que perfaça 1 mês e meio para trás no tempo, recuo suficiente para demonstrar visualmente aquilo que direi a seguir:

 

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Em primeiro lugar, quero lembrar que convém ler o artigo Terrorismo-colonização da Síria, para que o leitor possa perceber (ou não, caso a minha análise esteja errada) como e porquê os EUA/FDS no dia 22 de Março de 2017 decidiram atravessar ilegalmente o Rio Eufrates e também ilegalmente ocupar a base militar de al-Tabka (no meio dos mapas, junto a Al-Thawrah) onde foram instaladas não tropas curdas coisa nenhuma, mas sim tropas terroristas britânicas e norte-americonas. Em resumo, a ideia foi bloquear preventivamente as forças sírias (SAA) que avançam rapidamente rumo a Raqqa desde Abril. Para bloquear antecipadamente as forças sírias, os EUA, ilegalmente presente na Síria, ocupuram a referida base e o cruzamento adjacente que liga Aleppo a Raqqa e Homs a Raqqa.

 

Mapa 1 - 08.05.2017

Quanto aos mapas acima, comecemos pelo primeiro, o de dia 8 de Maio. Como pode constatar, comparando com os mapas do artigo Terrorismo-colonização da Síria, as forças sírias avançaram rapidamente contra o ISIS desde os arredores de Aleppo até a base aérea de Jirah, o rectângulo vermelho na fronteira sírios/ISIS na parte norte do mapa. E aí pararam uns dias, para que as Forças Tigres (as que realizam os avanços militares contra o ISIS) se reorganizassem e se reequipassem. A Partir do dia 13 de Maio, após a conquista dessa base de Jirah, recomeçou o avanço rápido contra o ISIS, rumo a Raqqa. Agora olhe para o lado direito desse primeiro mapa. Veja como as FDS (NATO + curdos vendidos) ainda se encontravam longe da cidade Raqqa. Mais, analisando mapas dos meses passados (aliás, dos últimos 2 anos), facilmente pode concluir que a fronteira FDS com o ISIS ao redor de Raqqa quase nunca mudou, numa clara paz podre entre "desgraçadinhos" curdos e terroristas do ISIS que leva a subentender uma realidade inconveniente, isto é, que FDS e ISIS não mandam nada, não decidem nada, não têm estratégia absolutamente nenhuma, e que simplesmente são a cara e coroa do Plano B norte-americona.

 

Sim, sei, o Plano B, segundo tenho afirmado neste espaço (Terrorismo-colonização da Síria), a ideia geral deste plano é ter ISIS conquistando território aos sírios, para depois as FDS curdas conquistarem território ao ISIS, território esse no qual é suposto ser criado por fim o tal NATO-Curdistão. Por que raio então serve a paz podre FDS/ISIS em redor de Raqqa? Ahhh, simples, Raqqa é a capital de facto do ISIS na Síria, e ISIS precisa dessa grande cidade como quartel geral das suas forças terroristas. Poderia dar exemplos concretos explicando a premência desta afirmação mas não há espaço e os exemplos são abundantes na internet. Basta dizer que, agora que os sírios se aproximam perigosamente (para as ilegais e imperialistas ambições dos EUA) da capital ISIS de Raqqa, os EUA deram ordens para o ISIS abandonar a cidade e deram ordens às FDS para conquistarem a cidade. Senão, foda-se, se os curdos (FDS) querem criar um Curdistão a norte do Eufrates, e Raqqa encontra-se a norte do Eufrates e é a maior cidade síria a norte do Eufrates, e as FDS têm apoio militar (ilegal) de vários países da NATO (Polónia, França, Dinamarca, Noruega, RU, EUA, etc), e a NATO tem pelo menos 5 bases militares (ilegais) nesse território a norte do rio Eufrates, por que raio, pergunto eu, por que raio então não decidiram os curdos conquistar Raqqa muito antes? Não será porque o patrão EUA/NATO não lhes autorizou até então? Claro que é esta razão. E quando se constata que agora, de repente, FDS conquistam zonas urbanas de Raqqa a uma velocidade de quem conquista deserto vazio (compare-se, por exemplo, os meses que levaram os iraquianos a reconquistar Mossul ao ISIS), como quem conquista algo a alguém que não só não oferece resistência como ainda foge sem combater, algo de muito errado há nesta equação FDSxISIS em torno de Raqqa.

 

Mapa 2 - 01.06.2017

O segundo mapa, de dia 1 de Junho de 2017, mostra bem o que acabei de dizer. As forças sírias avançaram imenso na estrada Aleppo-Raqqa, os EUA expandiram o controlo territorial em torno do cruzamento das estradas Alepo-Raqqa-Homs, e os curdos subitamente (e sem combate, para quem se der ao trabalho de pesquisar o assunto) conquistaram uma enorme área sub-urbana ao redor de Raqqa.

 

Mapa 3 - 08.06.2017

Passemos para o terceiro mapa, de dia 8 de Junho de 2017, quando algo muito interessante e muito antecipado finalmente aconteceu. Além dos avanços teatralizados das FDS contra o ISIS nos arredores de Raqqa, mais a oeste, as forças sírias, conquistando território ao ISIS, alcançaram a fronteira FDS/ISIS a sul do Eufrates junto ao fatídico cruzamento das estradas Alepo-Raqqa-Homs. Obviamente, e pragmaticamente, apesar da legitimidade total da síria de combater SDF/NATO de forma a recuperar essa estrada que leva a Raqqa, não, as forças sírias não atacaram as SDF, e este ponto é extremamente importante. Não atacaram e decidiram fazer algo logisticamente complicado mas estrategicamente sensato. Eu explico. Se neste momento o ISIS colapsa e os sírios avançam rapidamente contra o ISIS; se neste preciso, graças aos acordos de Astana parou o conflito entre sírios e forças "rebeldes" terroristas nas 4 grandes zonas de desconflito; ora, claro que mais cedo o mais tarde os sírio terão de se ocupar da questão da conspiração gringa para a criação do NATO-Curdistão! Mas mais tarde que cedo, claro, pois primeiro há que recuperar militarmente o território ocupado pelo ISIS e diplomaticamente o território ocupado por "rebeldes" terroristas. Só então terão, inevitavelmente, de pegar no osso duro de roer, que é o NATO-Curdistão que não é Curdistão mas sim ocupação militar ilegal da NATO no nordeste sírio onde se encontra a maior parte das reservas de petróleo e gás sírias. Perante tudo isto, sobretudo para quem segue a inteligentíssima estratégia militar sírio-russa, é claro que os sírios não pensariam nunca, nesta fase, atacar NATO/FDS! Ponto!

 

No entanto, dois dias depois, a 10 de Junho, o tristemente esperado aconteceu: os EUA atacaram as forças sírias na fronteira sírios/FDS ali mesmo ao lado do tal cruzamento. Depois de um dia de conquistas de aldeias ao ISIS, os sírios encontravam-se em manobras de reorganização quando foram atacados pelos EUA de forma absolutamente vergonhosa. Utilizando vários caças de guerra, os EUA realizaram ataques aéreos que resultaram na destruição de vários veículos militares sírios na aldeia recém conquistada de Rumthan. Quanto a Raqqa, ainda acerca do terceiro mapa, as conquistas "curdas" contra o ISIS intensificaram-se de dia 8 para a frente, começando a serem tomadas os primeiros bairros da cidade propriamente dita! Nada de espantar, claro está.

 

Mapa 4 - 18.06.2017

Saltemos agora para o quarto mapa, de dia 18 de Junho há 5 dias atrás, e de enorme importância. Em primeiro lugar, como previsto, as forças sírias, de forma pragmática evitaram o confronto com as SDF/NATO e contornaram a parcela da estrada Aleppo-Raqqa ocupada pelas SDF/NATO, continuando o seu avanço rumo a Raqqa atravessando deserto sem estradas. E aqui que fique claro um ponto essencial! Se NATO/EUA/SDF nunca se deram ao trabalho de conquistar território ao ISIS a sul de Eufrates, e tinham meios de sobra para o fazer, claro está, como antecipei eu no meu artigo Terrorismo-colonização da Síria de 28 de Março deste ano, os EUA agora declaradamente concentram-se na ilegal sabotagem da reconquista síria de território sírio ao ISIS, logo apoiam o ISIS, logo apoiam o terrorismo que afirmam combater, já para não falar do facto de que a sua presença na Síria, supostamente para combater o terrorista ISIS, é perante a lei internacional, completamente ilegal e criminosa, pois nem têm mandato da ONU para o fazer, nem foram convidados pelo governo legítimo da Síria para o fazer. Só um zombie descerebrado é que pode recusar aceitar este facto óbvio e claro!

 

 

Pior, nesse fatídico 18 de Junho, os EUA atacaram e abateram um caça de guerra sírio Su-22 quando este participava nas manobras militares sírias contra o ISIS rumo a Raqqa. O seu piloto ejectou-se mas foi capturado pelas ignóbeis e vendidas forças curdas; não se sabe da sua sorte nem do seu paradeiro até à hora em que escrevo este artigo! Inqualificável! Os EUA alegam que abateram o caça sírio em "legítima defesa" (consulte o site do U.S. Central Command), afirmação que não faz sentido nenhum! Nenhum mesmo! Primeiro as forças gringas encontram-se ilegalmente na Síria e deveriam de lá sair! Segundo, o caça sírio efectuava raides aéreos contra o ISIS (ah, a não ser que legítima defesa se refira ao norte-americona ISIS, aí sim, têm razão, mas é igualmente vergonhosa a posição gringa)! Terceiro, mesmo que o ataque tivesse sido feito contra curdos, como alegam também os EUA, que teria os EUA a ver com o assunto? Os EUA encontram-se a meio-mundo de distância e não têm mandato da ONU para se intrometerem no assunto, irra! Quarto, mesmo que o caça sírio tivesse atacado forças norte-americonas, teria toda a legitimidade para o fazer, pois a presença de forças norte-americonas em solo sírio resulta de uma ilegal e criminosa invasão da Síria por parte dos EUA! Portanto, "legítima defesa" o caralho! Quinto, lá vamos nós outra vez? Por que raio haveriam os sírios de deitar tudo a perder, parar subitamente a sua vitoriosa reconquista contra o ISIS, para irem atacar forças das FDS/NATO? Para nada, objectivamente nada! É como a outra estória da treta do ataque químico (ler O ataque químico que NÃO aconteceu em Khan Shaykhun). Para que raio haveriam os sírios, que aliás já não possuem armas químicas desde o verão de 2014, de realizar um ataque químico em Khan Shaykhun, a 4 de Abril deste ano, quando já se encontravam completamente na mó de cima em todas as frentes e com um quase total apoio popular? Estrategicamente para quê? Para perder o apoio popular de forma desnecessária? Para convidar Trump a bombardear a Síria, como aliás o fez, por ter al-Assad supostamente ultrapassado esotéricas e obamianas linhas vermelhas? Irra, tanta estupidez humana neste mundo! Mas enfim, é essa a versão dos EUA e dos médias/mídias ocidentais, "a Síria atacou os curdos", logo, que idiotice, os EUA "reagiram em legítima defesa"! Não há paciência para aturar as ovelhas que engolem esta merda toda! E metem nojo RTP e companhia pelo apagão total (ler "censura vergonhosa") em torno destes eventos recentes! 

 

Ainda no dia 18 de Junho (quarto mapa), algo de muito importante aconteceu, o Irão bombardeou posições do ISIS em al-Mayadin com mísseis lançados a partir da base militar iraniana de Mang Lat, e que sobrevoaram para o efeito (importante detalhe) o espaço aéreo do Iraque, país oficialmente aliado dos EUA mas que não o é, como já deu para perceber na primeira parte deste artigo. Se dúvidas haviam sobre este ponto, foram-se por completo com a autorização iraquiana para o lançamento dos mísseis iranianos desde o Irão até à Síria, passando pelo espaço aéreo iraquiano. Já estou a imaginar a reacção emotiva e nada racional daqueles que de forma pavloviana odeiam e têm nojo do Irão, mas sem saber porquê. Querem ver? "Ahhh, então, os EUA para ti não podem bombardear a Síria, mas o Irão já pode, como é?" E a resposta é simples: sim, é isso mesmo, os EUA não pode mas o Irão pode, de acordo com a lei internacional, pois foi convidado pelo governo legítimo do estado soberano sírio, ao contrário dos EUA! Quantas vezes já repeti (em vão) este argumento em conversas de café, irra! Outra boa razão, e seguindo a lógica ocidental mas de forma LEGAL, ao contrário dos países ocidentais, o Irão decidiu reagir ao ataque terrorista do ISIS do passado dia 7 em Teerão. Sim, aquele atentado que matou seres humanos mas que, por serem seres humanos IRANIANOS, logo merda-humana aos olhos dos médias ocidentais e telespectadores ocidentais chauvinistas-racistas-xenófobos-nazis, não despertou empatia, nem choradeira, nem tele-sensacionalismo, nem coisa nenhuma! Apenas omissão, ao ponto de na merda da SIC, no dia a seguir ao atentado em Teerão, em vez de falarem deste, não, ainda lamechavam com o já longínquo atentado de Manchester. Enfim, depois não me venham falar da propaganda nazi do tempo de Hitler, pois hoje é igual ou pior nos médias/mídias ocidentais.

 

Ainda sobre a reacção ao atentado em Teerão, convido-o a compará-lo com o de Paris (no Bataclan) em 2016. Não, não estou a falar das bandeiras de França em milhões de fotos de perfil Facebook demonstrando que toda a gente sente empatia e compaixão pela morte de seres humanos franceses e, por inevitável consequência, um total desprezo pela morte de seres humanos em igualíssimas circunstâncias na Síria, no Paquistão, na Nigéria, no Líbano, na China, nas Filipinas, na Somália, e por aí fora! Quanto a esta parte, e para que a ovelhada assimile bem a minha perspectiva sobre o seu comportamento: méééé! Mas eu queria mesmo era falar das reacções dos governos de França e do Irão. A França, país onde proliferam as mesquitas patrocinadas pelo Catar e Arábia Saudita nas quais se formam terroristas franceses que acabam na al-Qaeda ou no ISIS da Síria, e apesar dos avisos da intelligentsia síria, é um país cujo governo sempre e propositadamente fechou os olhos a esses financiamentos, à criação desses terroristas franceses e claro e às preciosas partilhas sírias de informação de espionagem. Porque será? Ahahahah, o leitor que tire as suas próprias conclusões. Em contrapartida, esta mesma França, após o ataque no Bataclan, um dia depois, baseada em absolutamente nada e em completa ilegalidade, bombardeou a cidade síria de Raqqa matando 150 civis sírios, mais do que as vítimas civis do Bataclan, como se fossem sírios civis os culpados do atentado em Paris! Não, pelo contrário, o culpado é o governo francês por fechar os olhos propositadamente em França e, pior, por patrocinar e apoiar militarmente organizações terroristas na Líbia, Síria e Iraque! Irra! No sentido contrário, o Irão, não reagiu de imediato ao atentado de Teerão apesar da autorização que tem do governo sírio para combater o terrorismo na Síria. Apenas reagiu 11 dias depois, não como retaliação cega ao atentado que sofreu, mas como convidado oficial e legal que é no combate ao terrorismo na Síria. E mais, bem mais importante do que ter atacado o ISIS com mísseis, é a forma como o Irão o fez e as repercussões políticas e geostratégicas. É que, ao contrário dos países ocidentais que patrocinam mudanças de regimes através da criação de organizações terroristas e que depois pretendem combater o terrorismo que criaram, e que o "combatem" invadindo de forma ilegal outros países para depois bombardear e assassinar de forma criminosa as suas populações, o Irão, país pacífico que nunca invadiu país nenhum e já foi vítima de inúmeros actos terroristas ocidentais (avião Iran Air 655 abatido em 1989 pelos EUA que resultou na morte de 290 civis, atentados terroristas israelitas entre 2010 e 2012 que mataram 5 cientistas do programa nuclear iraniano, vírus Stuxnet israelo-americano que destruiu milhares de centrifugadoras iranianas), nunca se intromete em "lutas contra o terrorismo" fora das suas fronteiras. Agora o cenário mudou. Agora o Irão faz os seus mísseis sobrevoar o espaço aéreo de um país (Iraque) para atingir posições terroristas num terceiro (Síria), demonstrando aos EUA e Israel que sim, a sua tecnologia militar é eficiente e que sim, o Irão, se ameaçado, pode reagir e reagirá por certo. Uma agressão israelita ou norte-americona, tantas vezes anunciadas, terá como resultado ataques com mísseis (comprovadamente eficazes) ao território de Israel e a base militares gringas na região. Bravo Irão, não mais submissão!

 

Quanto a Raqqa, neste quarto mapa, só queria acrescentar que, como se pode ver, as FDS-NATO (ou curdos vendidos + NATO, ou NATO-Curdistão, chame-os como preferir) já controlam bairros dentro da cidade. Mas não uns quaisquer, não, apenas bairros a sul, junto e ao longo do Rio Eufrates, desenhando uma linha que deixa adivinhar o que era antecipado por chatos como eu, que às FDS-NATO não lhes interessa conquistar Raqqa, mas sim impedir que as SAA (forças sírias) conquistem Raqqa. Para esses vendidos e seu imperialistas patrões, os objectivos são (e as notícias que saem vão confirmando): primeiro cercar Raqqa para impedir sírios de a conquistar, enquanto deixam sair os membros do ISIS; segundo, fazer uma limpeza étnica (ler "genocídio de árabes de Raqqa") para que com a cidade limpa, se possa criar uma cidade curda. Este artigo não vai ter hiperligações para notícias, por razões de tempo, mas quem o tiver pode facilmente encontrar as notícias que corroboram este artigo. Mas dizia eu, os EUA estão atacar civis (árabes) com fósforo branco, uma arma química ilegal apenas usada pelos EUA e Israel, aproveitando para queimar vivo tudo o que se mexa nesses bairros de Raqqa, e em total impunidade visto que os médias/mídias ocidentais censuram por completo estes crimes norte-americonas. Além dos ataques químicos (ilegais), os EUA bombardeiam também ilegalmente Raqqa com armamento convencional, matando indiscriminadamente civis (árabes) de Raqqa, em total impunidade e, uma vez mais, protegidos pela total censura dos médias/mídias ocidentais

 

Mapa 5 - 23.06.2017 (hoje)

Desde que os terroristas EUA abateram o caça sírio há 5 dias atrás, as forças sírias interromperam o avanço rumo a Raqqa, apesar do direito a fazê-lo, e apesar da ilegalidade da presença militar norte-americona no local responsável pelo ataque ao caça sírio. Assim se prova que a Síria não tem interesse nenhum em despoletar uma escala de violência, o tal extermínio nuclear do título. Pelo contrário, de forma pragmática aceita a injustiça de não poder avançar rumo à sua cidade de Raqqa, para não provocar o agressor norte-americona e os tresloucados que o dirigem! Portanto, a teoria norte-americona segundo a qual o caça sírio estaria a bombardear curdos e não ISIS é uma grandessíssima treta! Os EUA queria mais um golfo de Tonkin, mais um Pearl Harbor, mais um 11 de Setembro, para despoletar o extermínio nuclear! Gente doida! E gente burra quem não o vê!

 

Entretanto em Raqqa, e aproveitando a pragmática paragem síria imposta pelo terrorismo imperialista norte-americona, as FDS/NATO continuam, não conquistando Raqqa, mas sim cercando-a para impedir que no futuro forças sírias entrem em Raqqa sem que primeiro tenham de atacar curdos/NATO/EUA, acto que como ainda agora dizia, não será realizado pelos sírios de forma a evitar um conflito global. E quando digo cercar não me refiro à continuação do cerco que aparece no mapa 4, não. Refiro-me à segunda linha de cerco que acabaram de inventar há 2 dias atrás (ver zoom no mapa 5), a sul do rio Eufrates, na tal estrada que liga Aleppo a Raqqa, para que as forças sírias nem sequer se aproximem de Raqqa. Não sei o que mais falta acontecer para que por fim certas pessoas que conheço e muitas outras que desconheço admitam e concluam que os EUA: primeiro, não combatem terrorismo; segundo, atacam os sírios que combatem o ISIS, servindo portanto de força aérea do ISIS; terceiro, protegem o ISIS e permitem que os seus membros saiam de Raqqa sem combate; quarto, querem que a cidade de Raqqa fica ilegitimamente nas mãos de curdos manietados por esses!

 

Pegando no terceiro ponto, a sério, quantas vezes nas últimas semanas as forças armadas russas mostraram ao mundo a fuga de membros do ISIS de Raqqa sem que nem curdos nem gringos os ataquem? Quantas vezes mostraram ao mundo que esses mesmos membros do ISIS fogem aos milhares rumo a Der-ez-zor e As-Zukhnah? Zero? Nãoooo, zero foram as vezes que os médias/ocidentais falaram do assunto! Mas as forças armadas russas mostraram-no inúmeras vezes, assim como médias/mídias sírios, russos, iranianos, libaneses, venezuelanos, etc. Aqui fica um exemplo claro para aqueles que vivem no orwelliano ocidente:

 

 

Outra notícia importante que passou quase por completo despercebida nos médias/mídias prostituídos ocidentais foi o ataque russo que terá (muito provavelmente) levado à morte de al-Bagdadi, líder do ISIS. Isto sim são acções concretas e necessárias, não a chacina indiscriminada de sírios árabes de Raqqa em consequência dos ilegais ataques aéreos gringos com armas convencionais e armas químicas! E destes não se diz rigorosamente nada nessas TV's e jornais beija-cus do Império? Porquê? Digam caros jornalistas prostituídos, porquê? Porque andaram semanas falando do ataque químico que NÃO aconteceu em Khan Shaykhun e do qual não tinham nenhumas provas válidas, e não mostram agora a força aérea norte-americona largando fósforo branco nos céus de Raqqa, hein? Explicai-me lá!?! Não dá para explicar a censura mediática pois não? Ahhh, mas dá para explicar as razões por detrás do ataques químicos norte-americonas e dos ataques convencionais norte-americonas contra os civis árabes de Raqqa. Simples, limpar a cidade de árabes para preenche-la com curdos! Parece que para os chauvinistas ocidentais há chacinas boas e chacinas más, chacinas mediáticas e chacinas para esconder a todo o custo, não é?

 

EUA largando fósforo branco nos últimos dias em Raqqa

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Efeitos do fósforo branco, uma arma química ilegal, em seres humanos

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E quantas vezes falam os ocidentais jornalistas-prostitutos beija-cus do império sobre as bases militares dos EUA ilegalmente implantadas em solo sírio? E quantas vezes falam das que estão agora a ser construídas, num por de mais evidente exemplo do imperialismo norte-americona, num por de mais evidente exemplo de como os EUA desrespeitam o direito internacional, num por de mais evidente exemplo de que são os EUA que empurram o mundo para o extermínio nuclear e não a Rússia ou a Coreia do Norte? Nada, absolutamente nada. OS EUA constroem agora uma base militar numa ilha dentro do rio Eufrates, perto da tal base de al-Tabqa indicada nos mapas acima e nada. Os EUA constroem agora uma mega base militar na antiga fábrica de cimento da francesa Lafarge no norte da síria e nada! Essa mesma empresa Lafarge construiu inúmeras infra-estruturas para o ISIS (até mesmo túneis por onde traficar armas da Turquia para a Síria) e nem o esconde, mas nada nas nossas RTP's, SIC's e TVI's de merda! E depois claro, ninguém se espanta com a coincidência de ver agora essa fábrica francesa que trabalhava para ISIS se transformar agora numa ilegal base dos EUA, hehehe! Pobre e estúpido mundo ocidental!

 

antiga cimenteira Lafarge, nova ilegal base militar norte-americona no norte da Síria

(cooordenadas 36º 32' 48.0'' N 38º 35' 16.6'' E)

36º 32' 48.0'' N 38º 35' 16.6'' E

 

 antiga cimenteira Lafarge, nova ilegal base militar norte-americona no norte da Síria 

lafarge 2.jpg

 

Só mais um ponto sobre o criminoso abate do caça sírio S-22 pelos EUA. Em consequência deste criminoso acto a Rússia decidiu fechar o espaço aéreo sírio a todas as forças ilegalmente presentes no conflito (EUA, NATO, Israel, etc). A partir deste momento, se os russo cumprirem o prometido, quer a Rússia quer a Síria atacarão toda e qualquer aeronave ou míssil de forças ilegalmente presentes no conflito. Umas vez mais, graças aos EUA, estamos a um pequeno passo do extermínio nuclear, para variar!

 

E os médias/mídias ocidentais claro, não falam nem analisam absolutamente nada sobre os factos que acabei de referir neste extenso artigo! Depois que se espantem os consumidores de lixo-televisivo quando forem apanhados desprevenidos com o início de um conflito global provocado pelos seus adorados EUA! Méééééé!

 

CONTÍNUA

 

Luís Garcia, 23.06.2017, Ribamar, Portugal

 

leia aqui: Extermínio nuclear, sim por favor! - parte 1

leia aqui: Extermínio nuclear, sim por favor! - parte 3

leia aqui: Extermínio nuclear, sim por favor! - parte 4

leia aqui: Extermínio nuclear, sim por favor! - parte 5

leia aqui: Extermínio nuclear, sim por favor! - parte 6

leia aqui: Extermínio nuclear, sim por favor! - parte 7

leia aqui: Extermínio nuclear, sim por favor! - parte 8

leia mais artigos sobre a Síria aqui

 

 
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