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Pensamentos Nómadas

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Deus é um puto mimado 2, por Ricardo Lopes

27.12.16 | Luís Garcia
 

Deus é um puto mimado 2

 

RICARDO MINI copy  SOCIEDADE  RELIGIÃO

 

Agora, começa a parte mais queimada, mas também mais interessante.

 

O que é que ele faz? Tira uma costela lá ao tal Adão, para criar a mulher. O sadismo já começa, portanto. Porque é que ele fez isto? Porque tem raiva aos homens que conseguem ter mulheres, e ele não. É uma espécie de dissonância cognitiva, porque é como quem diz “Ah, tu queres ter uma mulher, mas espera lá que vais sofrer para a aturar.”, ao mesmo tempo que ele anda todo mamadinho da cornadura por nunca ter tido nenhuma. Aliás, tanto que ele, onde estava, estava sozinho, não é? Pois!

 

E, como é burro que deus me livre, esqueceu-se de tirar os umbigos ao homem e à mulher que criou. Estás a ver, meu retardadozinho, como és apanhado tão facilmente. Se eles tinham umbigo e ele criou o homem à sua semelhança, então ele também tinha um e, portanto, está provado que era filho da mãe…e de algum pai também, provavelmente o padeiro, e também por isso – e pelo facto de ser um millennial, e pelo facto de ter nascido numa família privilegiada disfuncional, e pelo facto de os pais sempre lhe terem dado tudo para compensar pelo facto de quererem ter tido um filho para serem outras pessoas nomeadamente familiares a criar, e pelo facto de a mãe e a avó sempre lhe terem dito que era o menino ‘mai lindo do mundo, uma jóia de moço, e pelo facto de sempre ter recebido todo o apoio necessário para ser um dos melhores alunos da escola e poder usar isso para fazer pouco das crianças com menos recursos, e pelo facto de ter visto 6 horas de televisão diárias todos os dias desde que saiu da porra da incubadora e se ter tornado num viciado em consumo, e pelo facto de lhe terem comprado todos os anos o novo modelo de iPhone -, tornou-se num jovem adulto com as aptidões sociais e humanas de um presunto fumado de Trás-os-Montes.

 

Agora, voltando à palhaçada do genesis. Portanto, temos animais, temos terra sem continentes, temos uma Lua que emite luz, temos luminares, temos oceanos que se dividem não se sabe bem onde, e temos um homem com 23 costelas e uma mulher que aparentemente se desenvolveu a partir de uma costela. O que fazer a seguir? Começar a torturar os novos inquilinos. Toca a meter a porra de uma árvore especial com um fruto que não se podia comer lá no sítio onde eles viviam. A árvore que tinha o fruto do conhecimento. Agora é que a coisa fica mesmo gira. Já toda a gente conhece a história da treta, sobre como a desgraçada da mulher se deixou levar na conversa de uma serpente, isto não porque as mulheres sejam estúpidas, porque são com certeza suficientemente inteligentes para nunca terem acedido a relacionar-se com o misógino de merda que tem tantos problemas com o sexo oposto porque acha que basta aparecer num sítio e as mulheres têm de ir a correr para ele ou a meter-se de quatro, como fazem a mãe e a avó, mas porque um retardado encalhado apenas poderia criar uma mulher estúpida, que é a única imagem de mulher que ele tem na cabeça, exceto no caso da avó e da mãe, que ainda lhe batem todos os dias a Cerelac para o pequeno-almoço e preparam o bife com arroz e ovo a cavalo para o almoço. E, então, lá foi a desgraçada enganada pela serpente, que ele tinha mesmo de ter colocado o diabo – que deve  ser a representação bíblica de um antigo amigo dele que andava com quantas raparigas queria, e que o menino expulsou do clube de Magic the Gathering porque não tinha aptidões sociais a mais para conseguir tornar-se num mestre de jogos de cartas com bonecada – sob a forma de serpente, porque, claro, ele de outros homens só conseguia pensar em elementos fálicos, porque vivia obcecado com o tamanho da pila. Já se sabe…fifis que não arranjam mulher, obcecam-se com o tamanho da pila. É por isso que depois, e como normalmente têm a sorte de nascer em famílias com posses, lhes compram carros de alta cilindrada e têm de andar sempre a esgalhar na estrada, como esgalham o pessegueiro em casa, e a buzinar a quem se mete à frente, para andar a mostrar que têm gaita, não vão as pessoas esquecer-se disso, e cada vez que alguém os obriga a reduzir até ao limite de velocidade permitido por lei, sentem a pila a invaginar. Portanto, lá tinha de ser a serpente, que era uma espécie de representação que ele tinha na cabeça do tamanho da pila do tal amigo que ele expulsou do clube de cartas.

 

A tipa, e depois o tipo, lá acabam por ingerir a fruta. A da mulher vai sem dificuldade, mais uma vez a aludir ao facto de as mulheres serem todas umas grandessíssimas rameiras que engolem com facilidade, claro.

 

Mas o que é que era o tal conhecimento, então? A unificação da teoria da relatividade com a mecânica quântica, na Teoria do Tudo? Ficar a saber-se tudo acerca do comportamento humano? Ficar-se a conhecer as soluções e um plano detalhado acerca de como acabar com a guerra e a pobreza no mundo? Finalmente saber acertar com a intensidade do fogão elétrico para não fazer o refugado agarrar todo ao tacho? Não, não, não…e não! Não nos podemos esquecer que foi um puto estúpido virgem perpétuo que criou este mundo. Portanto, o conhecimento só podia ter a ver com eles saberem que estavam nus e terem vergonha disso. Mais uma vez, sinal de degeneração mental. Quem é que associa deturpações mentais ao estado de nudez? Os virgens misóginos…e os moralistas…e os virgens misóginos moralistas…e os virgens misóginos moralistas que depois se tornam em pedófilos.

 

E, pronto, agora que a malta sabia que estava nua, tinham de ser expulsos do paraíso, que nem se percebe que merda de paraíso era aquele, que estavam os dois a viver no meio do mato, sem roupa, sem dinheiro, sem casa, sem eletricidade, sem água canalizada, sem saneamento básico, sem acesso a meios de transporte, a ter de andar à procura de comida, e com um gajo a falar do céu, que ninguém via, a dizer que estavam no paraíso. Basicamente, estavam a viver no capitalismo, só que ainda não tinham dado por ela, porque também, coitados, não conheciam mais nada, e também o gajo lhes andava a dizer que fora dali era uma merda. Quem é que é muito pelo capitalismo? Millennials putos estúpidos virgens misóginos tarados sexuais.

 

E, eles tinham de ter vergonha de saber que estavam nus, que era para o retardado lhes retirar o prazer de estarem nus à frente um do outro e cortar no apetite sexual de quem tem mais pujança num pintelho do que o gajo no corpo todo. E, nisto, saíram do tal oásis capitalista, e esta confusão toda só para ficarem a saber que estavam nus e sem sequer ficarem a saber como cozinhar e fazer uma boa receita de farófias.

 

O que é que acontece a seguir? Eles lá têm filhos, e ele arma-se em psicopata e leva um irmão a matar o outro. Para quê? Para foder a cabeça aos dois originais que criou, o Adão e a Eva. Não esqueçamos que o Adão era para representar, também, outro homem bem sucedido em termos sentimentais, humanos e relacionais..tudo aquilo que ele não era. Por isso, tinha de sofrer, e tinha de sentir vergonha de ter procriado. Porquê? Porque ele também nunca iria procriar para poder afirmar socialmente a sua força de verga. Isto, claro, é aquilo que lhe vai pela cabeça, por isso tem de ser posto nestes termos. É como quem diz “Ah, quiseste ter filhos, mas quem tem filhos tem cadilhos, e agora vais ficar todo mamadinho dessa cabeça. É muito melhor a abstenção sexual.”. Não, não é, e ele sabe que não é, mas como é puto estúpido mimado virgem misógino moralista de merda, tem também de ser constantemente hipócrita.

 

Em relação a isto de ficar todo mamadinho da cabeça por ter filhos, principalmente numa situação em que há escassez de recursos – e que o traste fez questão de agravar por exigir oferendas sacrificiais -, há que dizer que é verdade. Mas, não podemos considerar isso vindo de um tamanho mentecapto.

 

Agora, and to cut a long story short, como dizem os anglofalantes, o gajo lá prosseguiu a conferir realidade aos seus intentos sádicos, obrigando pais a quase matarem filhos, condenando milhares ou milhões de pessoas inocentes a mortes horríveis, por fogo, pragas, ou o raio, fazendo velhos subir a montes para carregarem pedras grandes como o caralho com as leis dele, que poderia simplesmente ter imprimido em times new roman tamanho 12 num cartão de boas festas e levava o velho no bolso, entre coisas que só poderiam brotar da mente retorcida de um millennial que passou a primeira década dos anos 2000 a consumir filmes de terror com cenas explícitas de tortura e a explorar os confins da doença mental sexual a ver vídeos de zoofilia e coprofilia na internet.

 

Mas, para terminar, e porque são, para mim, as duas histórias onde se pode ir encontrar mais e melhores evidências para suportar a minha tese de que o deus da Bíblia é um puto estúpido mimado millennial complexado virgem e que vive na cave da casa da mãe, vamos avançar para a história da arca do Noé e, depois, para terminar, para a história de Jesus Cristo e o Novo Testamento.

 

 Continua

Ricardo Lopes

 
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