Construção cultural, por Ricardo Lopes
Aparentemente, nos dias que correm já não se pode dizer que uma mulher tem menstruação e um homem não tem, porque essas coisas de andar para aí a sangrar mensalmente do meio das pernas é tudo construção cultural. A história da menstruação é qualquer coisa do tipo: um dia uma pessoa com que um buraco no meio das pernas acordou e disse “Porra, pá, ontem apanhei um frango e isto seco não escorrega bem, vou mas é começar a sangrar do meio das pernas, que já lá tenho um buraco e assim não me dói andar a abrir outro, e fazer uma cabidelazinha.”. Nisto, estava o Patriarcado à escuta atrás de um menir, e com uma expressão maquiavélica esfregou as mãos e disse “Já estás fodida, sua pessoa. A partir de agora, não só te vou dar o nome de mulher, a ti que tens um buraco no meio das pernas, como te vou convencer que só estás a cumprir com a tua natureza se sangrares do meio das pernas uma vez por mês. As pessoas que para aí andam com um rolo de carne ao pendurão do meio das pernas vão-se chamar homens e nunca vão sangrar, a não ser os retardados dos judeus para sublimarem a sua pedofilia. Muahah…muahaha…muahahahahah”. De maneiras que, a partir daí, criou-se a cultura de que as pessoas com um buraco sangram do meio das pernas e as outras pessoas que têm lá o rolo de carne ao pendurão não sangram. Portanto, meus amigos, vamos evitar as microagressões, e não vamos negar o direito de pessoas que se identificam como homens poderem sangrar do meio das pernas uma vez por mês, ou até as vezes que quiserem, porque tudo isto obviamente é cultural, e está aqui a explicação. Fachabor de me começarem a citar mesmo ao lado do Foucault.
Ricardo Lopes