Boom! Explosão de estupidez, por Ricardo Lopes
Cá para mim, o que o pessoal que vai ao Boom fazia bem era no fim um deles começar a cantar "Somos um!", em tom de canto gregoriano, depois aos poucos começarem a cantar todos e a agrupar-se. Depois, um shaman chegava e dizia a todos para alinharem os chakras, davam as mãos, sentavam-se em posição de lótus, pegavam num pepino biológico, mergulhavam a ponta num smoothie de vegetais sem glúten, trincavam a ponta e depois explodiam todos. Surgia então uma nuvem de fumo com a forma de uma folha de cannabis e ficava um cheiro intenso a charro. Então, o local tornava-se um local de peregrinação para os new agers do mundo inteiro e podiam aumentar consideravelmente o preço de entrada nos anos a seguir, até porque por causa do cheiro a charro o pessoal ia para lá convencido que conseguia curar os cancros todos.
No dia a seguir, entrevistavam um new ager na rua, com rastas e sem tomar banho há 6 meses, que dizia que tinha tido pena de não ter conseguido ir ao festival, porque tem a certeza de que agora todos os que se fizeram explodir com base na flatulência causada pelos produtos biológicos e sem glúten, estavam junto dos aliens, o que era bom porque assim podiam começar a ser treinados para tomarem o poder da Terra quando os aliens que já mandam morressem, e assim fazerem alguma coisa para acabar com os chemtrails.
Nisto, ele dizia que era vegano, aparecia uma pessoa com um bife, atirava-o para uma ribanceira e ele atirava-se em voo encarpado para o tentar apanhar e comer.
Ricardo Lopes